Neste domingo (30), o time da Vila Garcia enfrentou o Cruzeiro em confronto válido pela
primeira rodada da Liga Bauruense, no Estádio Municipal Luiz Edmundo Coube às 10h10
da manhã. O horário do jogo gerou insatisfação por parte dos jogadores pelo fato do forte
calor e pela exclusividade do jogo no domingo. ( REDAÇAO) LUCAS SOARES MAIONE

O campeonato da Segunda Divisão da Liga Bauruense é realizado todos os anos com início
em março e fim em agosto, reunindo vinte clubes de diferentes bairros do município na
primeira fase. Os dezesseis melhores colocados nesta tabela de pontos corridos avançam
às oitavas de finais do torneio, nas quais os confrontos são definidos a partir da posição
conquistada nesta classificação, na qual os melhores classificados enfrentam os piores.
Neste jogo, foi reparável a utilização de um esquema de 4-4-2 por ambos os times. O time
da Vila jogava com um losango no meio de campo e deixava um de seus atacantes para
jogar pelo lado esquerdo do ataque, mas não possuía essa referência na direita, fazendo
com que o lateral e autor de um dos gols do time, Kevem, subisse constantemente para
fazer jogadas naquele setor. Já o Cruzeiro tinha um esquema com mais facilidade em subir
seus meias e laterais para as pontas, e utilizava da fraqueza que o adversário tinha nesses
setores para basear seu jogo ofensivo.
Já no primeiro minuto de jogo, o Cruzeiro teve um gol anulado de maneira completamente
equivocada. Após lançamento em direção ao atacante Jonatas, que estava em posição
legal, a zaga do Garcia desviou a bola para trás deixando no pé do camisa 9 que não
desperdiçou. O impedimento foi marcado e os jogadores do Cruzeiro ficaram revoltados
com o erro da arbitragem.

Depois da polêmica, o jogo ficou num estilo de “ping-pong” por um bom tempo. O Vila
Garcia conseguia levar mais perigo ao gol inimigo mas aos 18 minutos, após cruzamento
rasteiro do atacante do Cruzeiro, o goleiro Diego Luiz derrubou Jonatas na pequena área e
cometeu o pênalti. O próprio jogador que sofreu a infração bateu e parou no goleiro, que
rebateu para dentro da área que, após grande confusão, resultou em gol contra de
Wheberson. O Cruzeiro abriu o placar.
Depois disso, mesmo com o intenso calor, o clima do jogo ficou mais quente ainda. Após
falta sofrida no campo de defesa, um jogador do Cruzeiro se desentendeu com o atacante
garciano. Uma confusão generalizada se estendeu por quase dez minutos.
Quando a bola voltou a rolar, o Garcia conseguia construir bem melhor e apresentava mais
jogadas individuais. O time da Máfia Azul pouco tinha a bola, mas com bom sistema
defensivo, seguia na estratégia de jogo com passes longos levando os laterais para linha de
fundo, nos quais poderiam ter ampliado a vantagem, mas erravam os passes finais muitas
vezes, fazendo a bola chegar em boas condições raras vezes para os atacantes.
Na reta final do primeiro tempo houve uma alta pressão do Vila Garcia que resultou em um
golaço que saiu de cobrança de falta do lateral Kevem, empatando o jogo em 1 a 1. O clima
de desentendimento continuou até o apito para o intervalo.
Na volta ao campo, o Cruzeiro intensificou seu jogo e foi pra cima do adversário até achar o
segundo gol aos 16 minutos, com cabeceio de Hansell no rebote da cobrança de falta direta
para o gol que havia sido defendida por Diego.

O Garcia perdeu o controle completamente da partida e passou a depositar confiança em
jogadas de bolas paradas, pois a recomposição defensiva dos cruzeirenses impedia grande
parte dos contra-ataques. Após a parada técnica na metade do tempo, o técnico garciano
Julio Marcos decidiu abrir o jogo colocando dois atacantes de lado em campo, fazendo o
time começar a chegar novamente no gol de empate.
O segundo gol saiu aos 45 do segundo tempo após grande defesa do goleiro cruzeirense,
que gerou rebote para o camisa nove John Wesley só empurrar pras redes e conquistar o
empate milagroso no final da partida.
O técnico da equipe do Cruzeiro FC, Madruga, deu entrevista após o decepcionante
resultado explicando a partida.
“ A gente sempre quer estrear bem, né? O time criou muito, mas tomamos dois gols bestas.
O empate acabou saindo com gosto de derrota, porque sabemos que tínhamos como matar
o jogo e no futebol é assim: quem não faz, toma. Saímos duas vezes na frente do placar e
cedemos o empate. É começo de campeonato, tem muita coisa ainda pra consertar”
(Madruga, técnico do Cruzeiro FC)
